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A processionária do pinheiro invade gradualmente toda a Europa, com excepção do Norte e das regiões montanhosas frias. Reconhece-se muito facilmente pelos seus ninhos no Inverno, parecidos com casulos brancos, grandes, suspensos nos pinheiros (bravo, manso, larício, …) e também nos cedros.<:b>
No fim do Inverno, as lagartas descem às centenas do casulo, formando um cordão longo no solo para depois se enterrarem no solo. Sairão novamente no Verão transformadas em borboletas, para de acasalarem e porem ovos que se tornarão lagartas novamente (uma fêmea pode por até 300 ovos).
As lagartas têm poucos predadores e são um verdadeiro perigo para o homem e para os animais. Em caso de stress as lagartas libertam nuvens de pelos urticantes que tanto podem entrar em contacto com a pele como com os olhos ou ainda as vias respiratórias. Pode ocasionar apenas uma pequena crise de urticária ou mesmo uma reacção alérgica. No caso de contacto com os olhos ou as vias respiratórias deverá consultar um médico com a maior urgência. O mesmo acontece com os animais, especialmente os cães, os gatos ou mesmo os cavalos que poderão estar a comer a erva no local da passagem das lagartas. No caso de haver contacto com as lagartas processionárias deve consultar o médico de imediato para limitar a necrose dos tecidos (língua e mucosas) e salvar o animal.
Podemos assim compreender porque é tão importante lutar contra esta lagarta nos parques e nos jardins, como fazem as autarquias no seu território.
Vários métodos de luta
Existem vários métodos para lutar contra estes indesejáveis sem utilizar produtos químicos.
O primeiro consiste em retirar os ninhos e queimá-los (destruição mecânica dos ninhos). Este método pode acontecer em árvores de tamanho pequeno mas é um pouco perigoso: riscos de queda, contacto com os pelos urticantes…
Ter o cuidado para que no momento da queima do ninho não esteja no sentido do vento para que não corra o risco de ficar coberto de pelos urticantes…
As armadilhas com feromonas colocadas no Verão são muito úteis para capturar os machos e evitam assim uma grande parte da fecundação das fêmeas. Este método também permite participar nos programas de estudo nacionais ao transmitir todas as semanas qual o número de machos capturados.
As armadilhas ecológicas são muito eficazes para capturar as lagartas que saem do ninho e antes de chegarem ao solo. São colocadas a cerca de 2 metros de altura, nas árvores que têm ninhos, e são constituídas por um colar que rodeia o tronco e que dirige as lagartas para um saco onde ficam e morrem asfixiadas. A sua eficácia ultrapassa os 97% (fonte INRA). São reutilizáveis e sem produtos químicos.
Finalmente há a fauna auxiliar, como o chapim e os morcegos que reduzem consideravelmente o número de lagartas nos ninhos. Colocar casas-ninho na proximidade das zonas infestadas permite receber esta fauna tão útil.
Ao usar dois ou mais destes métodos permitirá optimizar a luta e permite baixar a população das lagartas processionárias de maneira significativa.
Períodos de luta
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Armadilhas com feromonas Armadilha ecológica Armadilha ecológica Mecânica Mecânica Colocação de casas-ninho para o chapim - Fotografias (6)