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  • Actualizado a 05-09-2017

    De que se trata afinal
    Um princípio simples
    Por detrás da palavra agrossilvicultura existe apenas um só princípio: associar na mesma parcela as árvores às culturas ou a criação de animais. Esta associação tem benefícios recíprocos e apresenta inúmeras vantagens tanto para o Homem como para o Ambiente. A árvore recupera legitimamente o seu lugar nas parcelas agrícolas e campestres depois de ter sido afastada apesar dos seus bons e leais serviços.



    Ciclos virtuosos
    - Para o solo e a água:
    As árvores têm um papel considerável na fertilidade do solo especialmente através das suas raízes
    As raízes da árvore, graças aos inúmeros rebentos radiculares e ao seu desenvolvimento em profundidade, têm a capacidade de captar e trazer à superfície os elementos nutritivos que são geralmente inacessíveis aos vegetais mais pequenos e cultivados na superfície.
    As folhas e outros elementos orgânicos das árvores que caem no solo vão-se decompondo, criar uma camada de matéria orgânica rica chamadas húmus. Este húmus reforça a taxa de matéria orgânica presente no solo e melhora a fertilidade, parâmetro indispensável à exploração das terras agrícolas.
    O sistema radicular das árvores favorece a melhor absorção da água limitando o fenómeno de erosão. Os solos ficam com maior capacidade de retenção o que é vantajoso na agricultura e na gestão da água.

    - Para a paisagem e o ambiente:
    Como depois de se colocarem sebes campestres e orla florestais nos lados das parcelas plantadas, a agrossilvicultura pelo seu modelo permite aumentar a biodiversidade nos arredores trazendo alimento e abrigo. De maneira mais alargada, a criação de zonas de sombra e ilhas de frescura irá participar ao bem-estar dos animais de criação, mas também dos agricultores. Além disso, o efeito corta-vento produzido pela plantação de plantas de desenvolvimento forte também protege do frio e do vento.
    Por fim, a agrossilvicultura, tem o seu papel na proteção biológica das culturas ao receber espécies auxiliares predadoras que são necessárias à luta contra as pragas e outros parasitas das culturas.

    Nova gestão, mas sem modelo predefinido
    A plantação de árvores no meio duma parcela agrícola, quer seja usada para cultura ou para criação de animais, oferece inúmeros benefícios: agronómicos, ecológicos, paisagísticos. Para o seu utilizador, trata-se de mudar para um modelo com mais diversidade que o anterior, obtendo rendimentos agrícolas economicamente mais viáveis e duráveis. A reflexão e a preparação da agrossilvicultura a vertente económica, técnica e ambiental. Cada projeto é único e depende dos objetivos da exploração agrícola (produção de madeira de produção ou de madeira para energia, produção de legumes, etc), e deve ter em conta os dados pedoclimáticos à escala da parcela e do território.


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