Vontade de Oriente e de um canto com serenidade durante todo o ano? A preparação de um espaço no estilo dos jardins japoneses é para si. Não é complicado pois as bases são muito simples.
Inicialmente deve isolar o espaço
A arte dos jardins japoneses pode exprimir-se em todas as circunstâncias quer o local seja rodeado de paredes sem janelas ou que estejam virados para uma paisagem. Mas é mais simples de fechar o local que vai preparar por uma questão de facilidade, especialmente se os arredores não são agradáveis ou porque deseja criar uma espaço para se isolar. Escolha, de preferência, paredes leves como as claustras, os biombos de jardim ou divisórias de urze ou de cana bem seguras para que o vento não as leve. Os tutores de bambu são muito úteis para segurar os elementos no devido lugar.
Desenhe o conjunto
Segundo o lugar que dispõe poderá incluir mais ou menos coisas.
Com alguns metros quadrados irá necessitar de uma lanterna ou de uma estátua e de pequenos bambus. Num local mais espaçoso (mais de 100 m²), poderá pensar num pequeno lago, um espaço para a leitura ou meditação.
Tradicionalmente, a entrada para o jardim japonês faz-se por um pórtico baixo que incita à humildade. Logo depois podemos ver uma fonte que simboliza a purificação do espírito.
Comece por desenhar os caminhos em função do percurso, com 60 cm de largura, e que deve ser sinuoso. A implantação do resto (espaço para se sentar, lanterna japonesa, plantações, pontos de mira...), virão naturalmente segundo o que mais desejar.
Escolha as plantas
Os vegetais do jardim japonês são, geralmente, plantas de folhas sempre verdes (vegetais persistentes), pois o local visita-se durante todo o ano e deve poder ser aproveitado em todas as estações. O bambu anão, o bambu sagrado (Nandina), o junco (Carex), a erva do Japão, o rododendro... O bordo do Japão e a cerejeira anã Kojo-no-mai são incontornáveis mesmo nos espaços mais pequenos. Se tiver espaço inclua outros vegetais com folhas caducas que darão um toque suplementar: a aveleira tortuosa, o alperce do Japão ou o marmeleiro do Japão são uma escolha excelente. Coloque-os deixando algum espaço à sua volta para isolar um pouco a silhueta de cada um. Separe-os com plantas rastejantes como o cotoneaster rastejante, a festuca, o ofiopogão (erva com turquesas) ... o musgo dos bosques é muito tentador mas nem sempre se pode apanhar e além disso, é muito difícil fazê-lo crescer no jardim. Não se esqueça de também incluir vegetais que poderá podar em forma de seixos (buxo, Phillyrea, azevinho...)
O mineral é meio caminho andado para o sucesso
Os elementos em pedra são muito importantes no jardim japonês pois simbolizam a natureza inanimada. Seixos, pedras decorativas, passos japoneses, extensões de areia, etc. devem ser integrados neste espaço. Para manter a parte mineral limpa poderá colocar um geotêxtil por baixo limitando, deste modo, a questão das ervas. Não utilize alinhamentos, números pares ou ângulos vivos. Não use pouca quantidade: no jardim japonês a pedra é tão importante quanto o vegetal!