A exploração é a primeira etapa da transformação e da valorização da produção.
O corte completo duma parcela tem por alvo obter o máximo de madeira possível.
A exploração do Douglas não acontece apenas quando se faz um corte completo duma parcela.
Durante o ciclo de produção é essencial fazer:
- cortes ou mondas para que o resto da plantação posse desenvolver-se correctamente.
- poda para que se possa produzir madeira de qualidade.
Quais são os objectivos:
- Silvícola : Permite a renovação do povoamento indispensável à continuação deste património (corte de regeneração e de reconstituição), o crescimento das futuras árvores (corte de desenvolvimento) e a produção de árvores de qualidade (corte).
- Económico : Permite um ganho financeiro para o proprietário assim como um aprovisionamento para a para a cadeia de produção.
- Ambiental e social : Contribui para a continuação da biodiversidade, a protecção do solo, respeito do ambiente (evitar certos tratamentos por causa da sua resistência à podridão) mas também para poder receber o público (colheita, passeios a pé, de bicicleta...).
Implementação:
E composta por uma sucessão de trabalhos:
Planificação das operações: Escolha do período e dos métodos de intervenção.
Marcação do corte: Consiste em identificar de forma clara as árvores antes que sejam cortadas ou para delimitar as parcelas. A marcação deve ser feita com o machado ou com tinta. Para que seja eficiente, a marcação é orientada de maneira a ser visível pelas máquinas. Para os cortes de desbaste, a marcação é determinante para o futuro da floresta pois é neste momento que são escolhidas e conservadas as árvores com potencial excelente.
Cubagem: é a estimativa do volume que permite ter uma ideia do rendimento. Utiliza-se para medir o volume da madeira “comercial”. Há dois métodos para medir a madeira:
- Madeira de pé: Essencialmente para o corte completo da parcela. A venda é feita num só bloco. O preço do conjunto da produção é determinado antes da exploração.
- Para a madeira já cortada: Essencialmente para a madeira de desbaste. A venda faz-se por categoria de produto. O preço é determinado antes da exploração.
Corte: O corte é a primeira etapa da exploração das árvores. A árvore plantada é cortada com a ajuda de uma motosserra ou uma máquina de corte florestal. As máquinas de corte florestal combinam o corte e a preparação da madeira. A produtividade é maior. As condições de trabalho e a segurança são melhores para o condutor desta máquina silvícola e o rendimento também é melhor.
Desramação: A árvore é limpa dos ramos e cortada seguindo os critérios de qualidade e de comprimento requeridos por cada utilizador. A árvore cortada será separada em 2 categorias:
- Madeira cortada: proveniente essencialmente do corte de parcelas.
- Madeira de trituração: proveniente essencialmente do corte de desbaste.
Circulação de madeira: Consiste em transportar as árvores cortadas do local de corte para a estrada ou um local provisório de depósito. Para os cortes de desbaste deve haver uma precaução a ter em conta: Não estragar as árvores que ficam.
Além disso, a madeira deve ser colocada num local acessível para poder ser transportada de seguida.
Transporte: Levar ao local de transformação. O transporte faz-se principalmente pela estrada, pois as serrarias abastecem-se próximo do local de transformação.
Deixar o local em bom estado: Evacuação dos resíduos e limpeza do local de depósito.
Colocação da madeira à venda: Há vários métodos de venda que podem ser aplicados em função das situações. Para os lotes pequenos, a venda por acordo mútuo é a mais solicitada. No entanto, para os cortes mais importantes a venda é feita por meio de concurso.
- A venda por acordo mútuo O proprietário e o comprador chegam a um acordo sobre o preço sem concorrência. A vantagem deste método é a rapidez da venda. Permite também criar laços com um comprador de « confiança »
- A venda por concurso «simple»: Um número de compradores está reunido para a venda dos lotes. Esta consultação visa valorizar o mais possível a madeira tendo em conta a capacidade de utilização da madeira por cada comprador potencial. A aposta financeira é grande.
- A venda total por oferta selada: A venda faz-se em público. Os compradores entregam as suas ofertas previamente. Cada comprador atribui ou não, um preço a cada lote.
Cada lote será atribuído ao que mais oferecer. O lote que não recebeu preço será retirado da venda ou ainda se esta oferta é inferior ao preço indicado.
Utilização:
O Douglas tem uma madeira de qualidade e é usada em vários campos :
- marcenaria exterior e interior,
- estrituras de madeira,
- armação,
- revestimento...
A certificação PECF na venda de madeira:
Em França, cerca de 1/4 da floresta privada é certificada ou está em curso de certificação e 78% da floresta pública francesa é certificada PEFC.
A certificação PEFC é uma vantagem para o proprietário. Permite integrar novos mercados e responder às novas exigências do consumador e dos industriais. É uma garantia da gestão sustentável da floresta.
Regras a respeitar:
- Ter o cuidado de não negligenciar os caminhos florestais (a serventia) para facilitar o acesso à parcela, para efectuar as manutenções mecânicas, o transporte mas também o acesso aos bombeiros em caso de acidente. A serventia não tem impacto negativo na produção.
- Conservar os arbustos de folhas e a orla da floresta para diminuir o risco sanitário e para restaurar a biodiversidade.
- Respeitar os períodos de intervenção favorável e evitar deste modo a compactação do solo.
- Respeitar as operações e os itinerários silvícolas previstos para moderar a proliferação de doenças.
O corte completo duma parcela não significa que o itinerário silvícola esteja terminado pois as parcelas voltam a ter árvores novamente.
É esta reflorestação constante que fazem da floresta francesa uma fonte renovável e renovada.